terça-feira, 15 de março de 2011

Pequeno resumo da conferência com o Dr. Pedro Strech

Caros Associados da APEE,

Por Luisa Pinto Leite,

Na passada terça feira dia 1 de Março, o conhecido Pedo psiquiatra Dr.Pedro Strech veio falar à nossa escola a convite de alguns professores e pais que em conjunto desenvolveram esta iniciativa para pais e professores. Todos queremos melhorar o atendimento que damos aos nossos filhos e alunos nesta matéria tão delicada da educação sexual.
Pediram-me para partilhar algumas ideias dessa palestra/conversa.

Dr. Pedro Strech. introduziu a conversa centrando-se no fenómeno que se tem vindo a notar que nos últimos 50, 60, 100 anos, quanto mais> recuamos, mais mudanças se notam na educação que é dada às novas gerações em geral.

Para dar um exemplo prático ainda há bem pouco tempo uma criança de 14 anos já se considerava que tinha idade para ir trabalhar, hoje a consciência de que uma criança com essa idade está em cheio a meio dos seus estudos e da sua formação, é sem dúvida muito melhor.

Parece que a tendência para arrastar a adolescência até ao fim do curso, logo até aos 22, 23 anos, se tem vindo a acentuar. Por outro lado nota-se que os meninos e as meninas começam a despertar mais cedo para a fase da adolescência, isto porque nas televisões, cartazes, internet, tudo apela para o assunto do sexo, muitas vezes de forma ambígua mas bem explícita, na maioria das vezes desprovida de afectos, o que pode despertar as crianças para o assunto de uma forma confusa e levar a um agir precoce Convém ter a noção que este assunto entra pelas vidas dos nossos filhos, muitas vezes sem o nosso controle, e por essa razão, temos que estar bem atentos e sobretudo não o ignorar o assunto, como se fazia até há bem pouco tempo.

O Dr. Pedro Strech chamou a nossa atenção em especial para três aspectos sobre os quais devemos estar bem atentos como pais e educadores, isto porque se alguma destes três pontos não evolui como devia, pode originar desvios, ou até regressões no seu desenvolvimento. Estes desvios ou regressões são formas que os adolescentes encontram para contornar um desenvolvimento que não aconteceu. Esses pontos são;:

1-Mudança no seu próprio corpo

2-Mudança na relação com os pais

3-mudança na relação com o grupo de pares

Vou tentar explicar de forma sucinta a importância de cada ponto.

No ponto 1, o Dr. Pedro Strech elucidou-nos que as mudanças genitais no próprio corpo, são algo de positivo e bom, são sinal de que os menino(a)s estão a crescer, o que em circunstancias normais é onde eles querem chegar, no entanto, o peso da imagem perfeita é muito difícil de atingir, e essa meta a que eles se auto impõem pode dar grandes problemas de auto-estima. Por outro lado cultiva-se cada vez mais uma menor diferença entre rapazes e raparigas, principalmente no mundo da moda, um exemplo prático a depilação masculina. Existe um maior apagamento das gerações, pois cultiva-se a eterna juventude nos mais velhos, e promove-se o crescimento precoce nas crianças (muitas vezes através das modas, onde os meninos pequeninos se vestem como adultos), com tudo isto a puberdade chega mais cedo, mas a maturidade emocional equivalente é mais tardia. Durante esta fase podem existir grandes desajustes, entre um corpo de adulto com uma cabeça a um nível emocional ainda de uma criança.

No ponto 2 foi realçado que os adolescentes não vivem bem sem regras, eles sentem-se mais seguros e estimulados para evoluir se estas existirem, mesmo que à distância. Um exemplo disto é uma aula em que o professor não põe regras, no início os alunos divertem-se muito mas depois cansam-se da bagunça em que se transformam as aulas. Pequenas experiencias de autonomia são desejáveis e importantes mas de forma gradual. Os pais são os modelos de referência e de identificação dos> filhos. São as referências tanto como pessoas, modelo de homem, modelo de mulher, como modelo de casal (mesmo perante a separação). Os nossos filhos ao crescerem precisam de encontrar o seu espaço e a sua privacidade, espaço esse que devemos respeitar e cultivar. Porém o nosso papel de pais deve se manter.

No ponto 3, percebemos que os grupos dos nossos filhos vão se tornando mistos naturalmente à medida que eles avançam na idade. Se eles têm um grupo de amigos é provável que o peso do grupo seja importante. A identidade do grupo começa a existir, no sentido em que eles não querem fazer o que o grupo não faz, por exemplo na forma de vestir e de falar. Temos que estar atentos ao equilíbrio que deve existir entre a identidade pessoal e a identidade social, ou seja, a forma de pensar do jovem não pode depender demasiado da forma de pensar do grupo. Isso pode existir durante um tempo mas deve evoluir para um peso maior da não dependência excessiva do grupo, devemos perceber se os nossos filhos se estão a tornar dependentes do grupo ou se conseguem evoluir para uma maior coesão pessoal. No entanto um adolescente que não tem amigos ou que se isola, pode ser um mau sinal.

Para concluir, devemos ter presente como pais e professores que, os contextos exteriores dos nossos filhos mudaram muito em relação ao nosso, tempo, o que exige de nós uma atenção diferente, uma postura atenta, mas que não deve ser controladora de mais. Os nossos adolescentes precisam de tempo para falar, de sentir que os adultos os ouvem e com respeito pelo que eles sentem. Percebemos que o desenvolvimento deles não é igual entre os meninos das mesmas idades, existem mesmo diferenças enormes entre meninos e meninas e nas mesmas idades podemos ter níveis de desenvolvimentos totalmente diferentes. A atenção a estes pormenores exige de mais de nós como pais e educadores. A forma como devemos abordar o assunto tem que ser cuidadosa para não chocar sensibilidades e de forma a respeitar estas enormes diferenças que existem.

O Dr. Pedro Strech. leu algumas perguntas que os meninos escreveram de forma anónima em papeis que depois lhe foram entregues para ele responder, numa actividade feita na nossa Escola. Aí foi notório as diferenças de desenvolvimentos na mesma idade.

Foi muito interessante, esta foi mais uma forma de perceber como pais e professores podem trabalhar em conjunto para o bem dos nossos filhos!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sessão de Recolha de Sangue 15 de Março

Caros Associados e pais delegados,
Um pedido dos alunos da nossa escola que a APEE decidiu divulgar. Colaborem

Olá Exmos. Membros da APEE,


Como elemento do grupo da Dádiva de Sangue, vim relembrar que a Sessão de Recolha de Sangue do IPS a realizar na nossa escola é já no próximo dia 15 de Março pelas 9h até às 13h (3ª feira). Desde modo, em nome do grupo e da escola gostaria que relembrassem essa informação a todos os Enc. de Educação de forma a que a sessão possa ter uma maior adesão. Para além da vossa preciosa ajuda, tentamos divulgar também essa informação a todos os restantes Enc. de Educação que não fazem parte da APEE através da distribuição de um documento informativo aos alunos.

Contamos com a vossa ajuda!

Muito Obrigada,

Grupo Dádiva de Sangue
(Manuela)